Por Alex Sandro
Referência: Lucas 3.1-14
INTRODUÇÃO
1. A maior
necessidade do mundo é de Deus que sejam usados por Deus. Deus não unge
métodos, Deus unge homens. Não precisamos de melhores métodos, mas de melhores
homens.
2. Havia 400 anos
que a Nação de Israel estava sem ouvir a voz profética. Ele não veio da classe
sacerdotal. Não veio no palácio. Mas veio a Palavra do Senhor a João, no
deserto. Deus usa gente estranha, em lugares estranhos.
3. João Batista era
fruto de profecia, resposta de oração, milagre do céu.
I. É UM HOMEM COM UMA MISSÃO –
V. 4
1. Por que Deus usou este
homem?
a) Porque ele não
era um caniço balançado pelo vento (Mt 11:7-11)
Hoje estamos vendo
líderes vendendo seu ministério, negociando valores absolutos, mercadejando o
evangelho. João não transigia com a verdade. Ele denunciava o pecado na vida do
rei, dos religiosos, dos soldados e do povo.
Ele não era um
profeta da conveniência. Seus inimigos diziam: Tem demônio; Jesus dizia: É
profeta!
b) Porque era uma
lâmpada que ardia e alumiava (Jo 1:6-9)
Ele não era a luz,
mas uma lâmpada que ardia e alumiava. Ele apontou para Jesus: “Eis o Cordeiro
de Deus”. Ele não buscou glórias para si mesmo. Disse: “Convém que ele cresça e
eu diminua”.
Ele era como uma
vela: iluminou com intensidade enquanto viveu.
c) Porque ele não
era um eco, mas uma voz (Jo 1:22,23)
João não apenas
proferia a verdade, ele era boca de Deus. Ele falava com poder. Hoje, há muitas
palavras, mas pouco poder; as pessoas escutam belos discursos, mas não vêm
vida. Ele prega o conhece e experimenta. Ele não era da elite sacerdotal. Ele
não estava no templo. Mas havia poder em sua vida.
Não basta ser um
eco, é preciso ser uma voz. Não basta carregar o bastão profético como Geazi, é
preciso ter poder como Eliseu. Não basta falar aos homens, é preciso conhecer a
intimidade de Deus.
“Se Deus não falou
com você, não fale a nós.”
d) Porque ele era um
homem humilde (Mt 3:11)
João Batista disse:
“eu não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias”. Disse ainda:
“Convém que ele cresça e eu diminua”.
Lata vazia é que faz
barulho. Espiga chocha é que fica empinada.
O albatroz voa baixo
porque tem o papo muito grande.
e) Porque ele era um
homem corajoso (Lc 3:19)
João Batista não
aplaudiu Herodes quando ele casou-se com a mulher do seu irmão. Ele denunciou o
pecado do rei. Ele preferiu ser preso e ser degolado do que transigir com a
verdade. Ele preferiu a morte à infidelidade.
Hoje, há pastores
que vendem o ministério e a própria alma por dinheiro. Em vez de denunciar o
mal, praticam-no.
f) Porque era um
homem cheio do Espírito Santo (Lc 1:15)
João Batista era um
homem cheio do Espírito Santo desde o ventre materno.
Aos 5 meses de
idade, estremeceu de alegria no ventre da sua mãe. Aos 5 meses já vibrava por
Cristo. Há muitos que envelhecem frios e indiferentes ao Salvador.
2. Como Deus usou este homem?
a) Deus usou este
homem para aterrar os vales (Lc 3:5)
Vale é uma
depressão, um buraco – Há abismos na vida do povo: impureza, desânimo,
comodismo, mundanismo.
Vale separa dois
montes – Falta de comunhão, mágoa, contendas, maledicência.
b) Deus usou este
homem para niver os montes (Lc 3:5)
Montes falam de
soberba – O orgulho são montanhas que impedem a passagem do Senhor. Onde há
soberba Deus não se manifesta. Nabucodonosor foi comer capim. Herodes foi
comido de vermes.
Montes falam de
incredulidade – A increduldade nos afasta de Deus e de suas bênçãos.
c) Deus usou este
homem para endireitar os caminhos tortos (Lc 3:5)
Caminho torto fala
de duplicidade, hipocrisia, e desonestidade – Muitas pessoas são impedimentos
para a manifestação de Cristo, porque têm vida dupla. São uma coisa na igreja e
outra em casa.
d) Deus usou este
homem para aplainar os caminhos escabrosos (Lc 3:5)
Caminho escabroso
fala de algo que está fora do lugar – Há algo fora do lugar em sua vida: vida
devocional? Namoro? Casamento? Dinheiro? Dízimo?
II. É UM HOMEM COM UMA MENSAGEM
– Lc 3:8
1. A Palavra que ele prega é
Palavra de Deus e não palavras de homens – Lc 3:2
Depois de 400 anos
de silêncio profético, João aparece pregando sobre arrependimento. A nação
havia se desviado de Deus. A religião estava corrompida. Os palácios estavam
corrompidos. Os que trabalhavam na secretaria da fazenda estavam corrompidos.
Os soldados estavam corrompidos.
A mensagem do
arrependimento não é popular. Não é palatável. Mas, João não quer agradar a
homens, mas a Deus.
Nossa nação está
vivendo um tempo de crise sem precedentes. Estamos de luto. Nossas instituições
estão doentes. A corrupção está no DNA da Nação.
a) Numa época de
crise moral na nação
Os líderes
religiosos da nação estavam corrompidos: Anás e Caifás eram sumo sacerdotes,
mas não conheciam a Deus.
A polícia extorquia
o povo para engordar o salário e fazia denúncias falsas.
Herodes, era um
homem devasso e adúltero.
Nosso país atravessa
uma aguda crise moral: lares sendo destruídos; o tráfico de drogas crescendo, o
nosso parlamento se enchendo da lama da corrupção. A corrupção ganhando o
cérebro e o coração da nação.
b) Numa época de
crise social na nação
O povo trabalhava,
mas Roma ficava com o lucro. Reinava a pobreza, a fome, o desespero. O Brasil é
o segundo país do mundo com o pior distribuição de renda.
Vivemos a crise da
pobreza, da fome, da violência, da impunidade.
c) Numa época de
crise política na nação
A nação estava nas
mãos de homens maus. Pôncio Pilatos e Herodes eram um espelho da nação.
Nossa representação
política agoniza num dos níveis mais baixos de descrédito, de desmoralização,
de aviltamento da honra.
d) Numa época de
crise espiritual na nação
O povo era
religioso, mas não convertido. Eles não produziam frutos dignos de
arrependimento.
O povo estava
descansando numa falsa segurança (v. 8).
O povo estava indo
para o juízo, sem se preparar (v. 7,9).
Hoje, a igreja
evangélica cresce, mas a nação não muda. As pessoas estão entrando para um
outro evangelho, o evangelho da conveniência.
2. O cenário em que ele prega e
quem ele é demonstram que Deus pode trazer restauração para a nação a partir do
próprio caos (Mt 3:5)
e) O local parecia
impróprio – Era no deserto – João não pregava no templo, nas sinagogas, nas
praças floridas de Jerusalém, mas no deserto árido da Judéia.
f) A apresentação
pessoal parecia imprópria – Vestia-se não de terno, mas de peles de camelo. Não
comia nos restaurantes requintados de Jerusalém, mas alimentava-se de
gafanhotos e mel silvestre. Não aperou um só milagre. Não se assentou aos pés
dos grandes mestres. Não se apresentava como Exmo. Sr. Dr. Professor João. Mas
ele abalou uma nação! Fez tremer o palácio de Herodes.
g) Mas a multidão é
atraída – Vinha a ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a circunvizinhança do
Jordão. Oh! Que Deus levanta homens nessa Nação com a fibra de João. Que as
multidões possam ser confrontadas!
3. As pessoas que ele chama ao
arrependimento revelam sua ousadia espiritual
a) Os fariseus e
saduceus (Mt 3:7-9) – Ele denunciou os conservadores fariseus e os liberais
saduceus. A religião judaica estava tomada por um bando de homens não
convertidos.
b) A multidão (Lc
3:10) – “Que havemos de fazer?” Quem tiver duas túnicas reparta com quem não
tem. Quem tiver comida, faça o mesmo.
c) Os Publicanos (Lc
3:12) – “Não cobreis mais do que o estipulado”. Honestidade nas transações.
Deixem de lado as superfaturações.
d) Os soldados (Lc
3:14) – “A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa, contentai-vos com o
vosso soldo”.
e) Herodes (Lc 3:19)
– João denunciou o pecado do rei. Chamou-o de adúltero.
f) O arrependimento
é grande manchete de Deus – a) Na preparação – João Batista diz:
Arrependei-vos; b) Na Inauguração – Jesus vem e conclama: Arrependei-vos; c) No
Pentecostes – Pedro prega: Arrependei-vos.
g) O arrependimento
envolve: 1) Generosidade no dar (v. 10,11); 2) Honestidade nos negócios (v.
12,13); 3) Justiça nos relacionamentos (v. 14); 4) Integridade na palavra; 5)
Ausência de ganância
III. É UM HOMEM COM UMA
CONVICÇÃO – Lc 3:9: “Mas já está posto o machado à raiz das árvores; toda
árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo”.
1. A mensagem de Deus é
arrepender e viver ou não arrepender e morrer
A mensagem do
evangelho traz salvação e condenação.
O ímpio não
permanecerá na congregação dos justos.
Quem não estiver
trajado de vestes nupciais será lançado fora.
A figueira sem fruto
secou desde à raiz.
A figueira estéril
será cortada.
2. A mensagem de Deus é um
apelo urgente a todos
O apelo de Deus
alcança os religiosos, a multidão, os soldados, os publicanos. Deus desnuda a todos.
As máscaras caem. Deus diz o machado já está posto na raiz. Não dá mais para
esperar. O tempo é agora. O reino já chegou.
Deus espera agora
frutos dignos de arrependimento!
Você tem produzido
frutos dignos de arrependimento?
3. A mensagem Deus mostra o
juízo inevitável para quem deixa de arrepender-se – v. 7-8
O tempo de João era
de profunda crise espiritual. Os próprios líderes eram homens não regenerados.
A multidão estava perdida. Havia crise nos políticos, nos comerciantes, na
polícia. João diz que a ira vindoura chegará.
Os que escapam dos
tribunais da terra, jamais escaparão da ira de Deus!
CONCLUSÃO
1. O arrependimento prepara o
caminho para uma grande bênção
a) Uma bênção sem
limites – “toda a carne vera a salvação de Deus”
Quando a igreja se arrepende,
o mundo vê a salvação de Deus.
Quando a igreja se
volta para Deus, o mundo experimenta a salvação de Deus.
b) Uma bênção
inequívoca – “toda a carne VERÁ”
Quando a igreja se
arrepende, a salvação de Deus irromperá além das quatro paredes. Multidões
virão a Cristo.
O avivamento que
alcança o mundo com a salvação, começa com a igreja através do arrependimento.
c) Uma bênção
indizível – “toda a carne verá a salvação de Deus”
Quando a igreja
acerta sua vida com Deus, algo tremendo e extraordinário pode acontecer no
mundo.
Se queremos ver
nossa cidade impactada, precisamos acertar nossa vida com Deus. Precisamos
aplicar os princípios de Deus em nossa própria vida.
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