Lição 5
3 de maio de 2015
Jesus
Escolhe seus Discípulos
TEXTO
ÁUREO
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"E qualquer que não levar a
sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo." (Lc 14.27)
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VERDADE PRÁTICA
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O chamado para a salvação é de graça, mas o discipulado tem custos.
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LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lc 4.15,31
Jesus, o Mestre por excelência e nosso exemplo
Terça - Lc 11.1-4
Jesus não somente ensinou com palavras, mas também pelo exemplo
Quarta - Lc 9.57-62
Jesus se utilizou de vários métodos em seu ministério de ensino
Quinta - Lc 14.25-27
Jesus demonstra o alto custo do discipulado
Sexta - Lc 9.23
O Senhor Jesus Cristo e a preparação dos discípulos
Sábado - Lc 9.1-12
A missão dos discípulos era árdua, mas o Mestre estaria com eles
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 14.25-35
25 - Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe:
26 - Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e
filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu
discípulo.
27 - E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode
ser meu discípulo.
28 - Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta
primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?
29 - Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces e não
a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,
30 - dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.
31 - Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não
se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro
do que vem contra ele com vinte mil?
32 - De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores e
pede condições de paz.
33 - Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não
pode ser meu discípulo.
34 - Bom é o sal, mas, se ele degenerar, com que se adubará?
35 - Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem
tem ouvidos para ouvir, que ouça.
HINOS SUGERIDOS: 115,
127, 132 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar como se deu a escolha e a
chamada dos primeiros discípulos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Abaixo, os objetivos
específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
· I.
Analisar a vida de Jesus enquanto Mestre.
· II. Explicar como
se deu o chamado dos discípulos.
· III. Saber como
foi o treinamento dos primeiros discípulos.
· IV. Analisar a
missão de Jesus e de seus discípulos.
INTRODUÇÃO
Como crentes, temos consciência do valor que a pregação da Palavra tem
para a construção do Reino de Deus. Todavia, quando lemos os Evangelhos,
acabamos descobrindo que Jesus, durante o seu ministério terreno, ensinou mais
do que pregou. Na verdade, suas pregações, mesmo quando proclamações, eram
recheadas de conteúdo pedagógico. Esses fatos nos mostram a importância que o
ensino tem para um aprendizado eficiente. Nesta lição, aprenderemos com o Mestre
dos mestres como Ele ensinou os seus seguidores e como, dentre eles, formou
seus discípulos.
I – O MESTRE
1. Seu ensino. Jesus, o homem perfeito, foi o Mestre por excelência. A maior
parte do seu ministério foi dedicada a ensinar e a preparar os seus discípulos
(Lc 4.15,31; 5.3,17; 6.6; 11.1,2; 13.10; 19.47). Portanto, o ministério de
Jesus foi centralizado no ensino. As Escrituras registram que as pessoas
ficavam maravilhadas com o ensino do Senhor (Lc 4.22). Elas já estavam
acostumadas a ouvir os mestres judeus ensinando nas sinagogas (Lc 4.20). Porém,
quando ouviram Jesus ensinando, logo perceberam algo diferente! (Mt 7.28,29) O
que era? Ele as ensinava com autoridade, e não apenas reproduzindo o que os
outros disseram. A natureza de seu ensino era diferente - seu ensino era de
origem divina (Jo 7.16).
2. Seu exemplo. Jesus ensinou seus discípulos através do
exemplo: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais
vós também" (Jo 13.15). Isso o distanciou dos escribas e fariseus que
ensinavam, mas não praticavam o que ensinavam (Mt 23.3). Os discípulos se
sentiram motivados a orar quando viram seu Mestre orando (Lc 11.1-4). As
palavras de Jesus eram acompanhadas de atitudes práticas. De nada adianta a
beleza das palavras se elas não vêm acompanhadas pelas ações (Tg 1.22). O povo se
convence mais rápido pelo que vê do que pelo que ouve. Por isso, o Mestre
exortou os seus discípulos a serem exemplos (Mt 5.16).
PONTO CENTRAL
Para ser discípulo
de Jesus é preciso renunciar a tudo, tomar a cruz e segui-lo.
SÍNTESE DO TÓPICO I
Jesus é o Mestre
por excelência.
CONHEÇA MAIS
*Jesus e os
discípulos
"Discípulo era um termo comum no
século I para uma pessoa que era um seguidor compromissado de um líder
religioso, filósofo ou político. No mundo judaico, o termo era particularmente
usado para os estudantes de um rabi, ou mestre religioso. Nos Evangelhos, João
Batista e os fariseus tinham grupos de discípulos (Mc 2.18; Mt 22.15,16)."
Para conhecer mais leia Guia Cristão de Leitura da Bíblia, CPAD, p.
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II – O CHAMADO
1. O método. Os teólogos têm observado que o método usado por
Jesus para recrutar seus discípulos é variado. De fato, a Escritura mostra que
algumas vezes a iniciativa do chamamento parte do próprio Senhor Jesus.
Enquanto pregava e ensinava, Jesus observava as pessoas a quem iria chamar (Mc
1.16-20). Em alguns casos, o chamamento veio através da indicação do Batista
(Jo 1.35-39). Houve também pessoas que se ofereceram para serem seguidoras de
Jesus (Lc 9.57,58,61,62). E, finalmente, existiram os que foram conduzidos até
Jesus por intermédio de amigos (Jo 1.40-42,45,46). Dessa forma, todas as
classes foram alcançadas por Jesus. E foi dentre esses seguidores que Jesus
chamou doze para serem seus apóstolos (Lc 6.13-16).
2. O custo. Jesus deixa bem claro quais são as implicações envolvidas na vida
daquele que aceitasse o chamado para ser seu discípulo. Tornar-se discípulo é
bem diferente de se tornar um simples aluno. No discipulado, o seguidor passa a
conviver com o mestre, enquanto na relação professor-aluno essa prática não
está presente. O aprendizado acontece diuturnamente, e não apenas durante
algumas aulas dadas em domicílio ou numa sala. Quem quiser segui-lo deve,
portanto, avaliar os custos. Seguir a Cristo envolve renúncia, significa
submissão total a Ele. Jesus lembrou as pessoas desse custo, pois não queria
que o seguisse apenas por empolgação (Lc 14.25-27). Muitos querem ser
discípulos mas não querem renunciar nada. Às vezes precisamos sacrificar até
mesmo o nosso relacionamento religioso na família, abrir mão de algumas coisas
para seguir a Jesus. O que o Mestre está requerendo de você?
SÍNTESE DO TÓPICO II
Jesus chamou doze
discípulos para estar com Ele.
III-O TREINAMENTO
1. Mudança de destino. No treinamento dado aos
discípulos, a cruz ocupa um lugar central nos ensinamentos do Mestre (Lc 9.23;
14.27). A cruz de Cristo aparece como um divisor de águas na vida dos
discípulos. Uma mudança de rumo ou destino. A vida com Cristo é cheia de vida,
na verdade vida em abundância (Jo 10.10). Mas por outro lado, é uma vida para a
morte! Quem não estivesse disposto a morrer, não poderia ser seu seguidor
autêntico. A cruz muda o destino daquele que se torna seguidor de Jesus. Ela
garante paz e vida eterna, mas somente para aqueles que morrerem para este
mundo.
2. Mudança de valores. Lucas mostra Jesus instruindo
os Doze antes de enviá-los em missão evangelística (Lc 9.1-6) e,
posteriormente, enviando outros setenta após dar-lhes também instruções
detalhadas (Lc 10.1-12). Para chegar a esse ponto, muitas coisas precisaram ser
mudadas na vida desses discípulos. Uma delas, e muito importante, foi a
mudança de mentalidade dos discípulos. Jesus mudou a forma de pensar deles.
Seus discípulos não poderiam mais, por exemplo, possuir uma mente materialista
como os gentios, que não conheciam a Deus (Lc 12.22,30). Quem conhece a Jesus
de verdade não fica preocupado com o amanhã, com as coisas deste mundo, pois
sabe que Ele, o Bom Pastor, supre cada uma das nossas necessidades.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Jesus escolheu seus
discípulos e os treinou para todo trabalho na seara.
IV - A MISSÃO
1. Pregar e ensinar. Já foi dito que o ministério de Jesus
consistia no ensino da Palavra de Deus, na pregação do Evangelho do Reino e na
cura dos doentes (Mt 4.23; Lc 4.44; 8.1). No texto de Lucas 9.1,2, vemos Jesus
enviando os doze: "E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude
e poder sobre todos os demônios e para curarem enfermidades; e enviou-os a
pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos". "Pregar" é a
tradução do verbo grego kerysso, que possui o sentido de "proclamar como
um arauto". Jesus treinou seus discípulos com uma missão específica -
serem proclamadores da mensagem do Reino de Deus. Proclamar o Evangelho do
Reino ainda continua sendo a principal missão do Corpo de Cristo! Quando a
Igreja se esquece desse princípio, ela perde o seu foco.
2. Libertar e curar. O Evangelho de Cristo provê tanto a cura para
a alma como também para o corpo. O Evangelho de Mateus revela com clareza que o
Senhor Jesus proveu tanto a cura como a libertação para todos aqueles que se
achegavam a Ele com fé e contrição (Mt 8.16,17). Frank Stagg, teólogo
americano, observa que embora a obra redentora de Cristo tenha o seu centro na
cruz, Ele já era redentor da doença e do pecado durante o seu ministério
terreno. Os discípulos, portanto, precisavam levar à frente essa verdade a
todos os locais.
SÍNTESE DO TÓPICO IV
A missão dos
discípulos era pregar o Evangelho do Reino a todos.
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição sobre a importância que o ensino tem na formação
do caráter cristão. Jesus ensinou os seus discípulos, mas não os ensinou de
qualquer forma nem tampouco lhes deu qualquer coisa como conteúdo. Ele lhes
ensinou a Palavra de Deus. Mas até mesmo o ensino da Palavra de Deus, para ter
eficácia, precisa ser acompanhada pelo exemplo, valer-se de recursos didáticos
eficientes, firmar-se em valores e possuir um objetivo claro e definido. Tudo
isso encontramos com abundância nos ensinos de Jesus. Ao seguir seus ensinos,
temos a garantia de que o hiato existente entre o professor e o aluno, entre o
educador e o educando, desaparecerão. Dessa forma teremos um ensino eficiente. NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Abril de 2015
PARA REFLETIR
Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
No que se diferençava o ensino de Jesus daquele praticado pelos
escribas?
O que diferençava era o fato de que Jesus ensinava com autoridade, e não
apenas reproduzindo o que os outros disseram.
Como podemos definir o método de ensino de Jesus?
Jesus tinha como método o exemplo. Suas palavras eram associadas a ações
práticas. Jesus vivia o que ensinava.
Como Jesus treinava seus discípulos?
No treinamento dado aos discípulos, a cruz ocupava um lugar central.
Quem não estivesse disposto a morrer, não poderia ser seu seguidor autêntico.
Em que consistia a missão dos discípulos de Jesus?
Os discípulos tinham como missão pregar o Reino de Deus e curar os
enfermos. Jesus treinou seus discípulos com uma missão específica - serem
proclamadores da mensagem do Reino de Deus. Proclamar o Evangelho do Reino
ainda continua sendo a principal missão do Corpo de Cristo.
Você é um discípulo de Cristo?
Resposta pessoal, porém, enfatize que para ser discípulo é preciso
renunciar a si mesmo.
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