Postado por Alex Sandro
JESUS ESCOLHE SEUS DISCIPULOS
Mateus
4.18.22 "18. E Jesus andando junto ao mar da Galiléia avistou dois irmãos,
Simão chamado de Pedro e André o irmão dele, lançando a rede para dentro do
mar, porque eram pescadores. 19. E falou para eles: venham atrás de mim e farei
de vocês pescadores de homens. 20. Eles sem demora abandonaram as redes e o
seguiram. 21. E adiante dali avistou outros dois irmãos, Tiago o de Zebedeu e o
irmão dele, no barco com Zebedeu o pai deles concertando as redes deles, e os
chamou. 22. Imediatamente abandonaram o barco e o pai deles e o seguiram.”
Lendo o
texto de Mateus 4.18-22 observamos que autor do evangelho de Mateus
apresenta Jesus e seu ministério como realizações proféticas. Numa ruptura de
assunto, o autor normalmente esta querendo dar ênfase a algo que ele considera
importante. Isto acontece nesta passagem, pois o autor mostra as profecias se
cumprindo, começa a anunciar a pregação de Jesus, de repente para o assunto,
discorre sobre chamado dos primeiros discípulos e volta a falar de Jesus e seu
ministério.
No começo do
seu ministério Jesus escolheu doze homens que o acompanhassem em suas viagens.
Teriam esses homens uma importante responsabilidade: Continuariam a
representá-lo depois de haver ele voltado para o céu. A reputação deles
continuaria a influenciar a igreja muito depois de haverem morrido.
A palavra
"discípulo" aparece centenas de vezes no Novo Testamento, onde é
usada para descrever os seguidores de Jesus com muito mais freqüência do que
"cristão" ou "crente". Um discípulo é uma "pessoa que
segue os ensinamentos de um mestre" (Dicionário da Bíblia Almeida).
O inicio
do chamado ao discipulado.
Teriam esses
homens uma importante responsabilidade: Continuariam a representá-lo depois de
haver ele voltado para o céu. A reputação deles continuaria a influenciar a
igreja muito depois de haverem morrido. Por conseguinte, a seleção dos Doze foi
de grande responsabilidade. “Naqueles dias retirou-se para o monte a fim
de orar, e passou a noite orando a Deus. E quando amanheceu, chamou a si os seus
discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de
apóstolo” (Lc 6.12-13). A maioria dos apóstolos era da região de
Cafarnaum, desprezada pela sociedade judaica refinada por ser o centro de uma
parte do estado judaico e conhecida, em realidade, como “Galiléia dos gentios”.
O próprio Jesus disse: “Tu, Carfanaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu?
Descerás até ao inferno” (Mt 11.23). Não obstante, Jesus fez desses doze
homens líderes vigorosos e porta-vozes capaz de transmitir com clareza a fé
cristã. O sucesso que eles alcançaram dá testemunho do poder transformador do
Senhorio de Jesus.
Nenhum dos
escritores dos Evangelhos deixou-nos traços físicos dos doze.Dão-nos, contudo,
minúsculas pistas que nos ajudam a fazer "conjeturas razoáveis" sobre
como pareciam e atuavam. Um fato importante que tem sido tradicionalmente
menosprezado em incontáveis representações artísticas dos apóstolos é sua
juventude. Se levarmos em conta que a maioria chegou a viver até ao terceiro e
quarto quartéis do século e que João adentrou o segundo século, então eles
devem ter sido não mais do que jovens quando aceitaram o chamado de Jesus
Cristo.
Apesar de
Jesus ser Deus, não usou Sua divindade para selecionar Seus discípulos. Passou
uma noite inteira em oração para que o Pai Lhe mostrasse quem deveria escolher.
Jesus estava para dar início a um movimento que mudaria o mundo e, para isso,
queria ter certeza de que escolheria as pessoas certas.
Como Jesus
define o Discípulo
Três dos
relatos do evangelho incluem as palavras desafiadoras do Cristo: "Se
alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e
siga-me" (Lucas 9:23; veja Mateus 16:24; Marcos 8:34). Encontramos aqui
três elementos essenciais do verdadeiro discipulado, que apresentam desafios
enormes: Negar a si mesmo. Enquanto o mundo e muitas religiões começam
com o egoísmo do homem, Jesus exige a auto-negação. As igrejas dos homens
convidam as pessoas a realizar seus sonhos de riqueza, felicidade sentimental e
posições de honra, mas a mensagem do Senhor é outra. Ele pede que a pessoa
negue os seus próprios desejos para fazer a vontade dele. Tomar a sua própria
cruz. Jesus veio para oferecer a vida, mas o caminho para a vida passa pelo
vale da morte. Não somente a morte do Cristo, mas a nossa também.
O PRINCIPIO
DO DISCIPULADO
Em Mateus
28.19-20, está escrito: “Ide e fazei discípulos de todas as nações…
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho mandado”. Jesus quer na
sua igreja, não apenas crentes, mas discípulos. O que é um discípulo? Um
aprendiz, um aluno praticante. O crente acredita.
O
discípulo crê e se compromete com o que foi ensinado.
Jesus não
inventou este conceito. A relação mestre-discípulo é o mais antigo método de
formação profissional (e espiritual). Durante muito tempo, foi a única maneira
de se aprender um ofício. No contexto bíblico, podemos citar alguns exemplos:
Josué era discípulo de Moisés; Eliseu, discípulo de Elias; Geasi, discípulo de
Eliseu. No tempo de Elias, havia muitos discípulos dos profetas.
Na época de
Jesus, esse tipo de relação era muito comum no âmbito religioso. João Batista e
os fariseus também tinham seus seguidores (Mc 2.18).
O que é um
discípulo?
A palavra
“discípulos” se refere a um “aprendiz” ou “seguidor”. A palavra “apóstolo” se
refere a “alguém que é enviado”. Enquanto Jesus estava na terra, os doze eram
chamados discípulos. Os 12 discípulos seguiram a Jesus Cristo, aprenderam com
Ele, e foram treinados por Ele. Após a ressurreição e a ascensão de Jesus, Ele
enviou os discípulos ao mundo (Mateus 28:18-20) para que fossem Suas
testemunhas. Eles então passaram a ser conhecidos como os doze apóstolos. No
entanto, mesmo quando Jesus ainda estava na terra, os termos discípulos e
apóstolos eram de certa forma usados alternadamente, enquanto Jesus os treinava
e enviava para pregarem.
Quando
decidiu escolher seus discípulos, Jesus não foi para a porta do templo chamar
os doutores da lei. Eles já eram comprometidos demais. Cristo foi à praia e
chamou alguns pescadores. Depois, convocou um publicano, Mateus, e um
“guerrilheiro”, Simão Zelote. Os escolhidos poderiam não ser os mais indicados
segundo a lógica humana, mas, pelo poder de Deus, poderiam ser transformados.
Assim acontece hoje. Jesus escolhe pessoas simples e até os rejeitados pela
sociedade.
O Mestre
formou um grupo heterogêneo. Havia ali 12 pessoas diferentes entre si quanto ao
temperamento, caráter, profissão etc. O relacionamento entre eles poderia ser
difícil. É assim também na família e na igreja. Somos diferentes e é por isso
que nos completamos.
Os
escolhidos foram: Pedro, Tiago Maior, João, Filipe, André, Mateus, Judas Tadeu,
Tiago Menor, Simão, Judas Iscariotes, Tomé e Bartolomeu.
Temas
teológicos
O principal
tema que a passagem do evangelho de Mateus quer mostrar é a importância de
Jesus escolher discípulos para estarem com ele no inicio de seu ministério.
Esta importância se reflete na formação de um grupo para poder realizar
manifestações públicas. Noutra passagem mais a frente (Mt 18:20), Jesus vai
dizer que onde estiver dois ou três reunidos em seu nome ali ele estará. O
Apostolo Paulo falando sobre o ministério de falar em línguas desconhecidas
(1Co 14:29), pede que um fale e dois ou três julguem. A passagem de Mateus e
outras passagens mostram a importância de existir um grupo para realizar a obra
de Deus.
No entanto
outros temas podem ser tirados como a questão do chamado de Jesus para as
pessoas se tornarem seus discípulos. Primeiro, porque pode se achar que
discípulos são somente considerados aqueles que receberam esse chamado
diretamente de Jesus Cristo enquanto estava presente aqui na terra.
Logo,ninguém mais poderia se considerar um discípulo de Cristo autenticamente,
fora os doze que ele escolheu. Porém observando o significado da palavra, deixa
claro que qualquer que seguir os ensinamentos de Jesus, podem se
considerar seus discípulos. Isso não quer dizer que os discípulos atuais tenham
a mesma autoridade dos primeiros, apenas que são seguidores dos ensinamentos de
Cristo. A discussão sobre esse tema se estende, mas de momento isto serve de
reflexão ao chamado de Cristo para seus discípulos.
Considerando
a escolha dos doze.
Quando
consideramos a escolha dos doze, nos surge a pergunta: "Por que apenas
doze se havia mais para ser escolhido - At. 1.21-22) Há alguma intencionalidade
no numero "doze"?
Em resposta
a estas perguntas estão as chaves para entender a importância do que Jesus
estava fazendo.
Inicialmente
há uma clara intenção de limitar seu numero. Por outro lado, não se pode negar
que o numero doze tem profundas raízes na historia de Israel. O símbolo é óbvio
para qualquer judeu. Sua origem está no numero dos filhos de Jacó dos que se
derivam as doze tribos que constitui a totalidade de Israel. Em Mateus e
Lucas a referencia a Israel é explicita quando Jesus promete aos Doze que se sentarão
sobre (doze) tronos para julgar às doze tribos de Israel. (at. 19.28; Lc.
22.30).
O Grupo de
Imaturos
Este grupo
de pessoas com que Jesus lidou estava mui longe da perfeição, quando Jesus
iniciou sua obra junto deles. Mesmo ao contemplar sua obra, ainda eram
imperfeitos. Eram – caracteres ideais apenas em embrião. Eram santos apenas em
estágio de fabricação.
Preenchiam
muito bem um dos três requisitos que George A. Coe sugere para o ensino — a
imaturidade. Assim tinham eles que caminhar muito e muito, com muita paciência,
para se tornarem cristãos crescidos e maduros. Na longa estrada do aprendizado,
experimentariam muitas decepções e desânimos. Somente alguém que tivesse uma
alentadora visão do futuro, movido do infinito amor e paciência, e de persistente
energia e perseverança, se aventuraria a tomar como alunos este grupo de
pessoas e fazer deles o que o Mestre Jesus fez.
Não é
preciso vasculhar muito o Novo Testamento para se ver quão imaturos e
imperfeitos eram aqueles que Jesus tomou como discípulos. João, que depois se
tornou o discípulo amado, não sabia controlar seu gênio, e falhou muito quando
se encolerizou contra os descaridosos samaritanos, aos quais Jesus queria
revelar seu amor e o amor de seus discípulos. Simão, a quem se daria o nome de
Pedro (pedra), não demonstrou possuir aquela solidez e firmeza que tal nome
sugeria, pois prometera a Jesus que estaria firme a seu lado ainda que os mais
desertassem, e dentro de poucas horas não só negou a Jesus, jurando por três
vezes que nem o conhecia, mas o negou com uma linguagem desusada e lamentável.
Tomé
mostrou-se tão duro e obstinado em não acreditar na ressurreição de Jesus que
tal atitude exigiu esforços especiais do Mestre no sentido de lhe provar
satisfatoriamente esse glorioso acontecimento. Judas, após vários anos de
companheirismo e aprendizado com o Mestre, não progrediu tanto a ponto de
sentir-se preparado para resistir à tentação de traí-lo por trinta moedas de
prata! Os discípulos de Jesus sofriam a enfermidade de desenvolvimento
retardado, quando não de perversidade progressiva.
A tarefa
do Mestre com seus discípulos.
Apanhar este
pequeno grupo de indivíduos sem preparo e que quase nada prometiam, e formá-los
em pessoas bem desenvolvidas e preparadas, que constituíam gloriosa inspiração
para o mundo, foi um verdadeiro milagre da arte de ensinar e exercitar. Jesus
jamais foi suplantado por qualquer outro mestre; foi e é suprema inspiração e
encorajamento para os mestres cristãos de todas as épocas. Ninguém pode avaliar
devidamente as possibilidades latentes num moço ou numa moça aparentemente
inaproveitável, nem o que se possa fazer
Impulsivos
ou Impetuosos
Os
discípulos de Jesus não eram apenas imaturos. Pior que isso: haviam tido na
vida um desenvolvimento errado e falho. Alguns deles eram mesmo gente governada
só por impulsos.
Pedro era
assim, e foi o campeão dos impetuosos. “Era homem impulsivo e precipitado, qual
regato que desce célere e desabaladamente montanha abaixo,
atirando-se de encontro às rochas da baixada. Reagia
repentinamente. Falava e agia, para depois pensar.” Temos exemplo vivo disso,
quando se lançou ao mar, em certa manhã bem fria, nadou até a praia para
chegar perto de Jesus, quando poderia ter feito isso com seu barco (João 21:7).
As pessoas a
quem Cristo ensinou viam-se muitas vezes desafiadas por inúmeras perplexidades
e problemas, e assim procuravam a Cristo para que ele os resolvesse. Certo é
que às vezes vinham a ele tangidos pela hipocrisia, pois queriam pegá-lo
nalguma palavra.
Jesus de
imediato reconhecia isso, e, no entanto, lhes dava atenção, levando-os a tirar
por si mesmos a conclusão certa.
QUEM ERAM OS
ESCOLHIDOS POR JESUS PARA O DISCIPULADO?
Os nomes dos
doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu
irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e
Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas
Iscariotes, que foi quem
O perfil
dos primeiros discípulos de Jesus.
1. SIMÃO PEDRO - Nasceu em Betsaida, mas residia em Cafarnaum, na Galiléia; Era
pescador de profissão;Foi o primeiro líder da igreja cristã. Escreveu as
epístolas que levam seu nome; Tinha pouco estudo, impulsivo, amoroso, tímido,
explosivo; Morreu em Roma, crucificado de cabeça para baixo;
Segundo a
Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Jesus Cristo mudou seu nome
para Kepha, que em aramaico significa “pedra”, “rocha”, nome este que foi
traduzido para o grego como Petros, através da palavra petra, que também
significa “pedra” ou “rocha”, e posteriormente passou para o latim como Petrus,
também através da palavra petra, de mesmo significado. A mudança de seu nome
por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganha importância quando
Jesus diz: '“E eu te declaro: tu és Kepha e sobre esta kepha edificarei a minha
Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela.” As principais
fontes de informação sobre sua vida são os quatro Evangelhos, onde aparece com
destaque em todas as narrativas evangélicas, os Atos dos Apóstolos, as
epístolas de Paulo e as duas epístolas do próprio apóstolo. Filho de Jonas e
irmão do apóstolo André, seu nome original era Simão e na época de seu encontro
com Cristo morava em Cafarnaum, com a família da mulher (Lc.4:38-39). Pescador,
tal como os apóstolos Tiago e João, trabalhava com o irmão e o pai e foi
apresentado a Jesus por seu irmão, em Betânia, onde tinha ido conhecer o
Cristo, por indicação de João Batista.
2. ANDRÉ - Também era de Betsaida; Era sócio de seu irmão Pedro na
indústria da pesca;
Foi um homem
zeloso, sincero e dedicado em sua tarefa de apóstolo.
No dia
seguinte àquele em que João Batista viu o Espírito Santo descer sobre Jesus,
ele o apontou para dois de seus discípulos, e disse: “Eis o Cordeiro de Deus”
(Jo 1.36). Movidos de curiosidade, os dois deixaram João e começaram a seguir a
Jesus. Jesus notou a presença deles e perguntou-lhes o que buscavam.
Responderam: “Rabi, onde assistes?” Jesus levou-os à casa onde ele se hospedava
e passaram a noite com ele. Um desses homens chamava-se André (Jo
1.38-40). André foi logo à procura de seu irmão, Simão Pedro, a quem
disse:
“Achamos o
Messias…” (Jo 1.41). Por seu testemunho, ele ganhou Pedro para o Senhor.
André é
tradução do grego Andreas, que significa “varonil”. Ele e Pedro eram donos de
uma casa (Mc 1.29) Eram filhos de um homem chamado Jonas ou João, um próspero
pescador. Ambos os jovens haviam seguido o pai no negócio da pesca.
3. TIAGO - Era de Betsaida, onde trabalhava com a pesca; Tinha
personalidade forte e ambiciosa; Foi um dos mais íntimos discípulos de Jesus.
Pregou na Judéia; Tornou-se o primeiro mártir entre os apóstolos, morrendo pela
espada de Herodes Agripa I.
Filho de
Zebedeu Depois que Jesus convocou a Simão Pedro e a seu irmão André, ele
caminhou um pouco mais ao longo da praia da Galiléia e convidou a “Tiago, filho
de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes”
(Mc 1.19). Tiago e seu irmão responderam imediatamente ao chamado de
Cristo. Ele foi o primeiro dos doze a sofrer a morte de mártir. O rei Herodes
Agripa I ordenou que ele fosse executado ao fio da espada (At 12.2). A tradição
diz que isto ocorreu no ano 44 dC, quando ele seria ainda bem moço. Os Evangelhos
nunca mencionam Tiago sozinho; sempre falam de “Tiago e João”.
Até no
registro de sua morte, o livro de Atos refere-se a ele como “Tiago, irmão de
João” (At 12.2) Eles começaram a seguir a Jesus no mesmo dia, e ambos estiveram
presentes na Transfiguração (Mc 9.2-13). Jesus chamou a ambos de “filhos do
trovão” (Mc 3.17). A perseguição que tirou a vida de Tiago infundiu novo fervor
entre os cristãos (At 12.5-25).
4. JOÃO - Também era de Betsaida e trabalhava com seu irmão Pedro na
pesca; A princípio era de espírito exaltado e indisciplinado; Fazia parte,
também do rol dos discípulos mais chegados ao Mestre.
-
Felizmente, temos considerável informação acerca do discípulo chamado João.
Marcos diz-nos que ele era irmão de Tiago, filho de Zebedeu (Mc 1.19). Diz
também que Tiago e João trabalhavam com “os empregados” de seu pai (Mc 1.20).
Trabalhou pregando em Jerusalém.
Escreveu o
evangelho e as epístolas que levam seu nome, e também o Apocalipse. Terminou
seu ministério em Éfeso e Ásia Menor; Morreu de morte natural, provavelmente
com 100 anos de idade, o único que não foi martirizado.
5. FILIPE - Nascido em Betsaida, provavelmente exercia a profissão de
pescador; O Evangelho de João é o único a dar-nos qualquer informação
pormenorizada acerca do discípulos chamado Filipe. Jesus encontrou-se com ele
pela primeira vez em Betânia, do outro lado do Jordão (Jo 1.28). É interessante
notar que Jesus chamou a Filipe individualmente enquanto chamou a maioria dos
outros em pares. Filipe apresentou Natanael a Jesus (Jo 1.45-51), e Jesus
também chamou a Natanael (ou Bartolomeu) para seguí-lo.
Ao se
reunirem 5 mil pessoas para ouvir a Jesus, Filipe perguntou ao Seu Senhor como
alimentariam a multidão. "Não lhes bastariam duzentos denários de pão,
para receber cada um o seu pedaço", disse ele (Jo 6.7).
6. BARTOLOMEU - Era de Caná da Galiléia, sua profissão é desconhecida. Falta-nos
informação sobre a identidade do Apóstolo chamado Bartolomeu. Ele só é
mencionado na lista dos apóstolos. Além do mais, enquanto os Evangelhos
sinóticos concordam em que seu nome era Bartolomeu, João o dá como Natanael (Jo
1.45). Crêem alguns estudiosos que Bartolomeu era o sobrenome de Natanael.
A palavra
aramaica bar significa "filho", por isso o nome Bartolomeu significa
literalmente, "filho de Talmai". A Bíblia não identifica quem foi
Talmai.
Supondo que
Bartolomeu e Natanael sejam a mesma pessoa, o Evangelho de João nos proporciona
várias informações acerca de sua personalidade. Jesus chamou Natanael de
"israelita em quem não há dolo" (Jo 1.47). Diz a tradição que ele
serviu como missionário na Índia e que foi crucificado de cabeça para
baixo.
7. TOMÉ - Originário da Galiléia, onde era pescador por profissão; Foi uma
pessoa determinada, mas no momento propício não creu na ressurreição de Jesus.
O Evangelho de João dá-nos um quadro mais completo do discípulo chamado
Tomé do que o que recebemos dos Sinóticos ou do livro de Atos. João diz-nos que
ele também era chamado Dídimo (Jo 20.24). A palavra grega para
"gêmeos" assim como a palavra hebraica t'hom significa
"gêmeo". A Vulgata Latina empregava Dídimo como nome próprio.
Não sabemos
quem pode ter sido Tomé, nem sabemos coisa alguma a respeito do passado de sua
família ou de como ele foi convidado para unir-se ao Senhor. Sabemos, contudo,
que ele juntou-se a seis outros discípulos que voltaram aos barcos de pesca
depois que Jesus foi crucificado (Jo 21.2-3). Isso sugere que ele pode ter
aprendido a profissão de pescador quando jovem.
8. MATEUS - Era de Cafarnaum, onde trabalhava como cobrador de impostos
(publicano).
Podemos
observar sua humildade quando seu nome aparece na lista dos Apóstolos após Tomé
(Mt 10:3), em outras listas aparece antes de Tomé. O fato de ter abandonado a
sua profissão que apesar de ser mui desprezada, também, demonstrava sua
humildade. Recebeu poderes apostólicos de milagres e sinais. Esteve no cenáculo
em Jerusalém (At 1:13 e 14) após a ascensão de Jesus ao céu. Escreveu o
evangelho que leva o seu nome.
Nos tempos
de Jesus, o governo romano coletava diversos impostos do povo palestino.
Pedágios pra
transportar mercadorias por terra ou por mar eram recolhidos por coletores
particulares, os quais pagavam uma taxa ao governo romano pelo direito de
avaliar esses tributos. Os cobradores de impostos auferiam lucros cobrando um
imposto mais alto do que a lei permitia. Os coletores licenciados muitas vezes
contratavam oficiais de menor categoria, chamados de publicanos, para efetuar o
verdadeiro trabalho de coletar.
Os judeus
desprezavam os publicanos como agentes do odiado império romano e do rei títere
judeu. Não era permitido aos publicanos prestar depoimento no tribunal, e não
podiam pagar o dízimo de seu dinheiro ao templo. Um bom judeu não se associaria
com publicanos (Mt 9.10-13).
Mas os
judeus dividiam os cobradores de impostos em duas classes. a primeira era a dos
gabbai, que lançavam impostos gerais sobre a agricultura e arrecadavam do
povo impostos de recenseamento. O Segundo grupo compunha-se dos mokhsa
era judeus, daí serem eles desprezados como traidores do seu próprio povo.
Mateus pertencia a esta classe.
O Evangelho
de Mateus diz-nos que Jesus se aproximou deste improvável discípulo quando ele
esta sentado em sua coletoria. Jesus simplesmente ordenou a Mateus:
"Segue-me!" Ele deixou o trabalho pra seguir o Mestre (Mt 9.9).
Evidentemente,
Mateus era um homem rico, porque ele deu um banquete em sua própria casa.
"E numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa" (Lc 5.29).
O simples fato de Mateus possuir casa própria indica que era mias rido do que o
publicano típico.
9. TIAGO, - Filho de Alfeu Os Evangelhos fazem apenas referências passageiras a
Tiago, filho de Alfeu (Mt 10.3; Lc 6.15). Muitos estudiosos crêem que Tiago era
irmão de Mateus, visto a Bíblia dizer que o pai de Mateus também se chamava
Alfeu (Mc 2.14). Outros crêem que este Tiago se identificava como “Tiago,
o Menor”, mas não temos prova alguma de que esses dois nomes se referiam
ao mesmo homem (Mc 15.40).
10. JUDAS, o Tadeu - Nascido na Galiléia, Não o Iscariotes João refere-se a um
dos discípulos como “Judas, não o Iscariotes” (Jo 14.22). Não é fácil
determinar a identidade desse homem. O NT refere-se a diversos homens com
o nome de Judas – Judas Iscariotes;
Judas, irmão
de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3); Judas, o galileu (At 5.37) e Judas, não o
Iscariotes. Evidentemente, João desejava evitar confusão quando se referia a
esse homem, especialmente porque o outro discípulo chamado Judas não gozava de
boa fama. Mateus e Marcos referem-se a esse homem como Tadeu (Mt 10.3; Mc
3.18). Lucas o menciona como “Judas, filho de Tiago” (Lc 6.16; At 1.13).
11. SIMÃO, o Zelote - Originário da Galiléia. Mateus refere-se a um discípulo
chamado "Simão, o Cananeu", enquanto Lucas e o livro de Atos
referem-se a "Simão, o Zelote". Esses nomes referem-se à mesma
pessoa. Zelote é uma palavra grega que significa
"zeloso"; "cananeu" é transliteração da palavra
aramaica kanna'ah, que também significa "zeloso"; parece,
pois, que este discípulo pertencia à seita judaica conhecida como
zelotes. A Bíblia não indica quando Simão, foi convidado para unir-se aos
apóstolos. Diz a tradição que Jesus o chamou ao mesmo tempo em que chamou
André e Pedro, Tiago e João, Judas Iscariotes e Tadeu (Mt 4.18-22).
12. JUDAS
ISCARIOTES - Nasceu na Judéia, provavelmente
em Queriote-Hesrom. Todos os Evangelhos colocam Judas Iscariotes no fim da
lista dos discípulos de Jesus. Sem dúvida alguma isso reflete a má fama de
Judas como traidor de Jesus. A Palavra aramaica Iscariotes literalmente significa
“homem de Queriote”. Queriote era uma cidade próxima a Hebrom (Js 15.25).
Contudo,João diz-nos que Judas era filho de Simão (Jo 6.71). Se Judas era, de
fato, natural desta cidade, dentre os discípulos, ele era o único procedente da
Judéia. Os habitantes da Judéia desprezavam o povo da Galiléia como rudes
colonizadores de fronteira.
Essa atitude
pode ter alienado Judas Iscariotes dos demais discípulos. Os Evangelhos não nos
dizem exatamente quando Jesus chamou Judas pra juntar-se ao grupo de seus
seguidores. Talvez tenha sido nos primeiros dias, quando Jesus chamou tantos
outros (Mt 4.18-22).
CONCLUSÃO
Na bíblia,
não existia ninguém que fosse convertido e não fosse um discípulo. Todos os que
criam em Jesus eram chamados de discípulos. Ser um discípulo significava ser
salvo por Jesus, alguém que havia deixado tudo por ele.
"E,
aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu
e na
terra.
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai,
e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas
que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos." Mt 28:18-20
Esta foi a
última palavra de Jesus aos seus discípulos. Até parece que este é o ponto mais
alto do Novo Testamento. É como se o senhor estivesse todo o tempo preparando o
terreno para dar esta palavra. Depois de fazer tudo o que o Pai lhe
encomendara, finalmente o Senhor podia dar esta ordem: "...Fazei
discípulos de todas as nações...".
Podemos
negligenciar este mandamento? Ou podemos fazê-lo de qualquer jeito, ou da
maneira que acharmos melhor? NÃO. Devemos Buscar com toda diligência e procurar
entender bem. O Senhor ressuscitado nos deu uma ordem e devemos cumpri-la a
risca.
REFERENCIAS
Adaylton de
Almeida Conceição -
introducción al Discipulado - Ed. Manantial -Buenos Aires
AMARAL, Emília et al. Novas palavras: português, volume único. São Paulo:
FTD,2003.
Anísio
Renato de Andrade - Os
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BÍBLIA
Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo:
Vida, 2004.
BROWN, Lothar Coenen Colin.Dicionário internacional de teologia do novo
testamento. São
Paulo: Vida Nova, 2000.
Felipe
Aquino - Os doze Apóstolos
J. M. Price - A pedagogia de Jesus